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A vida não é assim tão curta! Comece hoje a poupar!

pouparNunca é muito cedo para começar a pensar na reforma. Talvez todos quantos discutem o tema de finanças pessoais falem muito acerca da reforma, embora não exista qualquer “medida standard” sobre quanto e quando se deva falar do tema. É provável que muitas vezes se bata demasiado nesta tecla, no entanto a verdade é que se insiste neste ponto porque as pessoas de uma forma geral não ligam muito a este assunto. Quantos de nós não já ouviram já dizer: “Não quero saber disso! Não vou já morrer!”, ou o clássico “a vida é curta, é preciso é gozá-la”. Obviamente que todos nós devemos gozar a vida. Ninguém merece passar a vida a trabalhar para nada, nem isso faz qualquer sentido. O problema é que não se deve exagerar, ou seja, que depois isso não tenha consequências difíceis de suportar. Sobre isso, há dois pontos importantes a reter:

 

  • Pensa que irá morrer com a mesma idade que os seus avós ou pais. Para o bem e para o mal, estatisticamente isso não irá acontecer. A esperança média de vida tem vindo a aumentar consideravelmente. No início do século XXI, a esperança média de vida de um português rondava os 76 anos, agora este valor subiu para os 80 anos. Imagine-se como serão as coisas para quem tem hoje 40 anos. Ou para os que hoje têm 25! Há mesmo quem diga que as pessoas que hoje estão na casa dos 40 poderão viver até aos 120 anos. Se pensamos que nos vamos reformar aos 66 anos e morrer aos 80, muito provavelmente estaremos enganados. Haverá mais anos de vida (com saúde, espero), mas como iremos ter condições financeiras para enfrentar esses anos de vida a mais? Imagine-se o caso de alguém na casa dos 20 anos hoje em dia. É bem possível que a esperança de vida desta geração ultrapasse os 100 anos. Será muito provável que se trabalhe até mais tarde (se tiver saúde, claro), mas de qualquer forma terá muitos anos pela frente, e muitas despesas para pagar.

 

  • Que num dia está muito bem, com saúde e no dia seguinte morre. Mas e entretanto? Muitas pessoas têm a ideia romântica que depois de deixarem de trabalhar e de produzir irão morrer passado uma semana. É possível que isso até aconteça a muitas pessoas, mas não há qualquer certeza sobre isso. A maioria de nós irá viver uns quantos anos “intermédios”, para os quais nos devemos preparar tanto psicológica como economicamente. Durante esses anos intermédios, haverá algumas chatices, talvez alguma doença mais séria, pouca produtividade, mais aborrecimento e mais dependência em relação aos outros. Por isso gostei da imagem que ilustra este artigo. Vamos ter que viver muitos anos com as consequências dos nossos actos. Isso inclui: a saúde, o fumar, o ter deixado de fumar, o poupar, o não ter constituído uma conta poupança reforma, o ter investido, etc. etc. Tenham cuidado, porque o mais certo é que lhes aconteça o mesmo que a Keith Richards, um homem que viveu todos os excessos e já atingiu os 71 anos, pagando agora as consequências da vida que levou. (Físicas, claro porque de dinheiro não deverá ter qualquer falta!)

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