À primeira vista poderá parecer que procuramos os descontos para tentar comprar um pouco mais. Somos caçadores de descontos porque temos um orçamento restrito, porque não ganhamos milhões, nem somos ricos, etc, etc.
No entanto basta folhear algumas revistas e ver todos aqueles anúncios de produtos de luxo para sermos assaltados por um pensamento: Se tivéssemos todo o dinheiro do mundo para gastar (ou o suficiente para não ter de andar a procurar saldos e descontos) e comprar o último modelo de iPad ou um BMW topo de gama, certamente que continuaríamos a ser fortemente atraídos pela ideia de obter um desconto.
Os seres humanos (e os macacos capuchinhos) são fortemente atraídos pelos descontos e pelas ofertas. No nosso cérebro são activadas as hormonas do prazer (como a dopamina), no único intuito de levar para casa alguma coisa, a um preço mais baixo do que o “normal”. Não é uma questão de ganhar pouco, de ter muitos compromissos económicos ou um salário de fome. É um instinto.
E tudo isso é um grande paradoxo, não é a falta de dinheiro que nos faz andar à procura de descontos (bem, por vezes também), mas a sensação de prazer de vencer um jogo invisível, o que nos motiva, para além da nossa inteligência, racionalidade e senso comum.