O dinheiro tem a infeliz tendência de dar um toque amargo às relações humanas. Mas e ao contrário da crença popular, a culpa pode não ser do dinheiro. A culpa é frequentemente nossa porque não sabemos comunicar da melhor forma, por nos deixarmos chantagear e sobretudo por não levarmos em conta uma verdade muito simples: O dinheiro não tem nada a ver com as relações e os afectos.
O dinheiro está tão relacionado e entranhado na nossa vida, que acaba por afectar as nossas relações. Mas isso não é uma coisa errada. O que está mal é cometer algum destes erros:
Indice
1. Permitir que aquilo que gastamos seja o que determina se somos uma pessoa de sucesso
Há muitas pessoas que confundem o facto de serem grandes gastadoras com serem pessoas de sucesso. E pensam: conforme sou uma pessoa de sucesso, sou mais merecedor de amor e admiração por parte das outras pessoas. Afinal quem é que gosta de um vencido?
Mas o dinheiro não tem nada a ver com a forma como nós somos na realidade. Infelizmente, muitos pensam que basta gastar dinheiro para serem olhadas como sendo pessoas de sucesso. Só que usar o dinheiro como termómetro do êxito e como parâmetro do amor é uma falácia (argumento que parece válido, mas que não é). É um engano e uma armadilha.
2. Usar o dinheiro como um sistema de compensação
Há pessoas que amam os seus entes queridos, mas não fazem a mais pequena ideia de como o podem demonstrar. O que fazem então? Compram coisas e dão muitas prendas!
Por exemplo, temos muitos pais que não tem tempo para dar atenção e ouvir os problemas dos filhos, e acabam por tentar compensar essa falta com a oferta de muitas prendas ou dinheiro.
O dinheiro não pode compensar o tempo, carinho ou experiências entre as pessoas. O dinheiro apenas compensa dinheiro. Procure compensar na mesma moeda: tempo com tempo, carinho com carinho.
3. Confundir confiança com amor
A sua noiva tem esse fantástico negócio para concluir, mas precisa de 50.000 euros. O quê? Não confia nela, nem nas suas capacidades, nem que ela lhe irá pagar? Algo vai mal então…
4. Permitir que o dinheiro seja um método para ser aceite pelos outros
Todos queremos ser aceites em sociedade. Umas vezes mais, e outras vezes menos.
Por exemplo, quando se é adolescente, é preciso uma maior aceitação por parte do seu grupo de amigos e colegas de escola, mas quando crescemos já não temos tanto essa necessidade, embora essa necessidade nunca desapareça completamente. Ter o mesmo estilo de vida dos que consideramos nossos semelhantes pode parecer parte fundamental para conseguir atingir ser-se aceite pelo grupo. A parte má é que também pode obrigar a muitos gastos e a uma série de compromissos a nível financeiro fora do nosso alcance.