Nos últimos tempos verificou-se que muitas pessoas, apesar de terem diversos créditos, não sabem o que significam a maioria dos termos do universo dos empréstimos. O facto de não se entender o que é o spread ou a Euribor, faz também com que não façam boas escolhas na altura de fazer o crédito habitação. Neste artigo iremos abordar um tema que preocupa muitas famílias: será que a se deve escolher uma taxa fixa no crédito habitação?
Indice
O que significa ter uma taxa fixa no Crédito à Habitação?
As taxas praticadas pelos bancos são baseadas num índice de referência que tem sido muito falado nos últimos meses, a Euribor. Ao contrário do spread, que é basicamente o lucro do banco, a taxa de que estamos a falar poderá ser variável ou fixa (sendo o cliente quem escolhe a modalidade) e é definida dependendo das variações Euribor.
Ao escolher a taxa variável, pode ainda optar por alterações a cada 3 ou 6 meses, sendo que o valor que paga mensalmente poderá oscilar para mais ou menos. A maioria dos bancos portugueses promove muito mais esta modalidade no crédito habitação. É fácil imaginar por quê: quer a Euribor baixe ou aumente, a margem de lucro do banco não se irá alterar.
Quando escolhe uma taxa fixa, não vai sofrer as oscilações da Euribor. Isto resulta num maior risco para o banco pois, caso a Euribor aumente, como você pagará sempre o mesmo, o lucro do banco vai baixar. Caso contrário, se a Euribor baixar, o banco vai sair beneficiado.
Vantagens e desvantagens da taxa variável
As vantagens da taxa variável começam logo no primeiro mês em que paga o empréstimo, pois esta taxa será sempre mais baixa que a fixa. Além disso, poderá beneficiar das descidas da Euribor e sentir o alívio de ter uma prestação mais baixa em alguns meses do ano.
Mas não nos podemos esquecer de que a taxa variável não é totalmente previsível. É possível ter uma ideia do que irá acontecer nos próximos meses mas o crédito habitação é normalmente feito para vários anos. Não podemos prever os valores da taxa daqui a 10 ou 20 anos. Além disso, ela poderá subir em alturas mais complicadas da vida, em que tenha um orçamento mais apertado.
Vantagens e desvantagens da taxa fixa – Será que compensa?
A desvantagem é óbvia: como a taxa fixa representa um maior risco para os bancos, ela será logo à partida mais elevada do que a taxa variável aplicada no momento em que o empréstimo é feito. Aliás, esse valor é determinado de forma a evitar o menor número de perdas para o banco. Além disso, muitos bancos também compensam o facto de terem uma taxa fixa com um aumento do spread.
A vantagem é saber sempre com o que poderá contar, todos os meses até o fim do prazo de pagamento. Mesmo quando a Euribor subir, e as mensalidades dos empréstimos a taxas variáveis aumentem, o valor mensal que terá de pagar será sempre o mesmo.
Podemos então ver que tanto uma opção como a outra acarretam pontos negativos e positivos, pelo que a decisão de qual será a melhor não poderá ser baseada apenas no que foi referido até agora. A escolha depende também da estabilidade financeira da pessoa que irá contrair o empréstimo. Uma família com um rendimento estável e com alguma “folga” no orçamento mensal poderá arriscar um empréstimo com taxa variável. Mas quem tem já uma taxa de esforço elevada será mais aconselhável que opte então pela taxa fixa, mesmo se sujeitando a mensalidades mais elevadas pois tem a garantia que esse valor não vai aumentar.
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