Comprar Ouro Compensa

Comprar Ouro Compensa?

Comprar Ouro Compensa
Um pouco por todo o lado, houve uma autêntica explosão de lojas, lojinhas, publicidade, muita publicidade, inclusiva e especialmente nos meios de comunicação social a fim de vendermos o nosso ouro usado. Podemos vendê-lo directamente ao balcão ou até enviá-lo, via correio, com certificados e garantias de uma avaliação justa e favorável ao vendedor (nós), em curto espaço de tempo. Até que ponto estaremos, ao “obedecer” aos ímpetos consumistas mais imediatistas, a colocar em causa as nossas economias, a fazer um bom negócio? É que até há bem pouco atrás, ninguém falava, de forma tão recorrente, de tal negócio como proveitoso e digno de investimento. Porquê esta “moda”, agora?
A sofisticação do moderno mercado financeiro, a transacção do metal precioso caiu em desuso e diminuiu gradualmente. Há muitas formas de investimento, que levaram o consumidor a transaccionar aparentes abstracções como acções e contratos, complexas e incompreensíveis para um leigo na matéria. Porquê este retorno ao material sólido, novamente? Desconfiança nos mercados económicos e financeiros? Retorno às origens, por causa da crise? Valorização do material em detrimento do pouco visível? Fazemos como São Tomé? (É preciso ver para crer…) Porquê?
Na verdade, a crise potenciou a cobiça dos investidores, tendo o ouro (hiper)valorizado. Investir em ouro tem, como todos os investimentos, a sua quota parte de risco. É um tipo de aplicação financeira com valor diário oscilante no mercado mundial. É, pois, necessário estar atento a esse factor. Tem, na realidade, de ser potenciado como um investimento a longo prazo, em situações de agitação económico-financeiras.
Com pouco dinheiro, pode comprar-se ouro a quem está em situação difícil. O ouro não se come, não se bebe, mas o seu valor pode pagar dívidas, agora que a crise é uma palavra familiar…
Infelizmente, esta publicidade está a propiciar assaltos às ourivesarias, em grande escala. Há necessidade de o armazenar em lugar seguro, para segurança da própria vida, não expor demasiado os seus objectos em ouro… Há que admiti-lo: se compra e usa ouro, está no seu pleno direito. Contudo, nos tempos que correm, o melhor será … a discrição.
Agora, do outro lado da barricada: é rentável comprar ouro? O ouro é dinheiro sólido, por isso mesmo, está sempre sujeito à especulação. Nos tempos mais remotos, antes de haver uma moeda para cada país, os povos negociavam em metais preciosos, tais como o ouro e a prata. Para facilitar a compra e venda, surgiu o dinheiro, tal como o conhecemos, hoje em dia, impresso em papel e cunhado em moeda.
O que ficou exposto, deixa claro que, no caso da falência dos sistemas monetários, o ouro se torna (novamente) um valor seguro. Ele, sim, é um valor seguro, digno de poupança. É que poucas gramas já valem muito.
Há exemplos desta desvalorização de sistemas monetários que comprometeram as nações, a nível interno e até no cenário internacional. Os bancos centrais baixam os valores da moeda para pagar as dívidas contraídas pelos seus cidadãos. Significa isto que a moeda pode facilmente desvalorizar, mas o ouro tem um valor mundialmente reconhecido e protector de uma eventual, possível ou previsível quebra do sistema monetário.
O valor do ouro está alto, a atingir máximos históricos? Isso significa uma só coisa: esse valor é produto do pânico financeiro. Se não cura doenças, se não tem novas propriedades … É olhado como um salvador, como um recurso seguro, enquanto que a moeda é olhada com desconfiança e a sociedade se sente ameaçada, à beira do abismo económico e financeiro.
Existem postos de compra de ouro. Existem já, até, ATM´s que vendem ouro. Compete-nos a nós pesar os prós e os contras deste momento crítico e olhar para o futuro com confiança e vender ouro … ou olhar com desconfiança … e comprá-lo! A cada um a sua análise optimista ou pessimista. Qual delas será a realista?
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