É preciso ter um orçamento familiar para organizar o nosso dinheiro (e a nossa mente), mas o que pensaria você, caro leitor, se lhe dissesse que não é necessário fazer isso durante toda a vida?
Fazer e seguir um orçamento familiar não é algo que se deva fazer para o resto dos nossos dias… Chocado? Talvez, mas é como pode ver. Registar os gastos, fazer um orçamento familiar detalhado (com o registo de cada euro ganho e onde deve ser aplicado) não é realmente algo que se deva fazer para sempre.
Indice
Então para que serve um orçamento familiar?
A função principal de um orçamento familiar é: Ensinar a gastar menos do que se ganha.
Os outros propósitos de um orçamento familiar são:
1. Organizar o nosso dinheiro, metas e propósitos
2. Ter dinheiro disponível, sem importar quanto se ganha
3. Não ter dívidas
4. Aproveitar melhor os recursos
No entanto e de acordo com a minha experiencia pessoal, penso que poderei dizer que não necessito seguir rigorosamente um orçamento familiar, pelo menos ponto por ponto.
Então como é que faço?
Agora de forma “instintiva” (sim, um instinto cultivado durante alguns anos a seguir um orçamento rigoroso) gasto menos do que ganho. Aprendi a planear os meses e os rendimentos antecipadamente e não tenho necessidade de ter tudo escrito.
Tenho o costume de organizar as metas e propósitos todos os meses, mesmo sem estar constantemente a recorrer à folha de cálculo, uma vez que sei o que irei precisar com meses de antecedência.
E isto é uma boa notícia. Porque fazer um orçamento familiar é aborrecido, mas NECESSÁRIO até que consigamos meter na cabeça (e emoções) os padrões de conduta saudável em relação a questões monetárias.
Pára-quedas financeiro
Não estou a dizer que se deite fora o orçamento familiar nesta altura. Nada disso! Não me interpretem mal. O que quero dizer é que após alguns anos a praticar, você pode voar sem ter o instrutor ao seu lado. No entanto deve sempre voar com o pára-quedas.
O pára-quedas é o planeamento geral. Isso é algo que deve ser feito mensalmente e não só em relação a questões de dinheiro, mas em relação a outras coisas, como por exemplo projectos, férias, pagamentos, compromissos, etc. Todos estes pontos devem ser discriminados na agenda, para ir resolvendo semana a semana. E junto a tudo isso o dinheiro.
Esta confissão poderá ser pouco ortodoxa para alguém que fala sobre finanças pessoais, mas é muito real. O orçamento familiar é um “treinador”, mas não devemos estar ligado a ele para todo o sempre. Até os clubes de futebol têm necessidade de mudar de treinador quando os resultados não aparecem…
A promessa
Se seguir pelo caminho certo das finanças pessoais, evitando ter dívidas, aprendendo a gastar menos do que ganha (e a ganhar mais também), será muito provável que chegue a este ponto. O problema é que é necessário alguns anos a ser fiel ao orçamento familiar para aqui chegar.
E não se esqueça de algo muito importante: o orçamento familiar é uma ferramenta. Devemos mantê-la sempre por perto por mais “maduros” que nos sintamos financeiramente, pois é possível que um dia a tenhamos de usar novamente, o que para certos projectos é condição essencial.
Aqui está uma verdade inconveniente e uma confissão pessoal sobre o orçamento familiar. Chocado? Entusiasmado? Diga-nos a sua opinião na caixa de comentários.