Quando se está a passar por dificuldades financeiras uma das primeiras medidas que se toma é tentar contactar a entidade onde se contraiu os créditos para renegociar o respectivo contrato de modo a ter uma prestação temporária ajustada à situação actual do cliente. Mas o inexplicável (pelo menos eu não compreendo…) é que maioria das vezes e apesar de ser apresentado provas é muito raro alguma financeira ou banco aceitar uma renegociação de contratos inicialmente.
Não se percebe como é que um cliente onde contraiu o seu crédito naquela empresa se dirija à mesma a explicar e comprovar que de momento está a passar por dificuldades económicas por motivos A ou B e essa mesma entidade não estar disponível para ajudar a ultrapassar esse momento complicado.
Não tenho dúvidas que se por parte destas entidades existisse mais diálogo e compreensão para com os seus clientes elas próprias beneficiariam pois existia muito menos créditos incobráveis. Não é lógico não renegociar um contrato ou fasear a dívida das moras e deixar acumular o montante em dívida para depois ultimar o cliente para a totalidade do pagamento!
Indice
O óbvio
Se uma pessoa está com dificuldades de pagar 100€ por mês estará obviamente com ainda mais dificuldades de pagar 5 prestações em atraso com um total de 500€. Não quero com isto dizer que seria um processo simples, obviamente que as entidades financeiras tinham que salvaguardar-se contra actos de má fé existindo na minha opinião uma reunião com o cliente para ele ter a oportunidade de comprovar a situação actual económica e as causas.
Medidas que seriam benéficas para todos
Após esta reunião e estando provado poderia acontecer as seguintes situações;
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Reduzir a prestação e aumentar o prazo do contracto – esta medida irá possibilitar de o cliente usufruir de uma mensalidade mais ajustada à sua situação económica e a empresa não ter mais um cliente com crédito malparado.É uma mais valia para ambos o que possibilita o cliente não se afundar em dívidas e puder honrar as suas prestações e claro a empresa recebe todos os meses a prestação, diminuindo os clientes com moras em créditos .
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Fasear a dívida em mora – Com esta medida irá permitir o cliente pagar o valor em mora mensalmente juntamente com a prestação, isto é, na prestação normal é acrescentado uma percentagem do valor em mora para que o cliente tenha possibilidade de o pagar suavemente sem entrar em incumprimento novamente. Esta medida é óptima para quem teve problemas pontuais e não conseguiu pagar as obrigações bancárias durante um determinado tempo, mas que actualmente já as pode suportar. Com esta medida não seria cobrado o valor total em dívida de uma só vez, o que para maioria dos clientes é insuportável tais custos de uma só vez !
Vantagens das medidas referidas
Nas duas situações acima mencionadas também permitiria que os clientes não ficassem com o nome nos registos do Banco de Portugal, o que pode ser bom ou mau. Bom porque permite a quem teve problemas pontuais de refazer a sua vida financeira sem sobressaltos mas mau porque pode haver quem esteja com a taxa de esforço no limite e peça mais créditos, o que sejamos sinceros é “dar um tiro no próprio pé”.
Outro lado positivo e alternativa a pedir mais créditos era permitir que estes clientes com vários créditos conseguissem uma consolidação de créditos juntos a entidades que facultam este serviço. Não tendo o nome no Banco de Portugal é menos difícil consolidar os seus créditos.
Mais uma vez a vantagem das medidas acima descritas também eram para as empresas de crédito que veriam assim os seus clientes ficar com os seus créditos consolidados e passarem de clientes de risco a clientes “normais”.
A nossa conclusão
Resumindo tudo o que foi escrito, acredito que grande parte do endividamento em Portugal poderia ser evitado se fossem adoptadas medidas como estas que anunciamos neste artigo. Ganhava os clientes, empresas e o próprio País que teria trabalhadores mais produtivos e menos problemas na sociedade resultante de problemas financeiros. É preciso as entidades financeiras reformularem os seu métodos consoante a actualidade real do País.
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