Regras Básicas do Investidor

Regras Básicas do Investidor

Regras Básicas do Investidor
Quer investir as suas poupanças e não sabe que produto financeiro deve escolher? Trata-se efetivamente de uma decisão difícil. O investimento ideal seria um que pudesse reunir, em simultâneo, capital garantido, dinheiro sempre à mão e ganhos elevados sem qualquer tipo de risco.
Mas infelizmente, nas aplicações financeiras, não há milagres e este tipo de aplicações não existem. Existem, no entanto, um conjunto de regras essenciais para rentabilizar as poupanças sem correr riscos desnecessários, que mesmo o investidor mais básico deverá conhecer.
Para gerir o património ou, simplesmente, rentabilizar as poupanças, qualquer consumidor ou investidor é confrontado com a questão de saber como poderá aplicar o seu dinheiro da forma mais eficaz possível.
Não é tarefa fácil, já que existem inúmeros tipos de aplicações, cada uma mais atrativa do que a outra. Uma informação errada ou insuficiente pode causar perdas significativas, sobretudo limitando-se a ouvir a publicidade das instituições financeiras.
Assim, antes de investir, deve conhecer os produtos financeiros ou, pelo menos, as suas características básicas. Com esse conhecimento, poderá facilmente distinguir os bons dos maus investimentos, propostos pelos bancos e seguradoras.
Recorra a produtos financeiros sem risco para manter um pé-de-meia ou fundo de maneio, facilmente disponível para ultrapassar imprevistos como poderão ser uma situação de desemprego, acidente ou doença grave.
Deve juntar, no mínimo, entre três a seis vezes o orçamento mensal familiar. Por exemplo, se as despesas mensais da sua família rondam os 2000 euros, deverá poupar entre 6000 e 12000 euros e mantê-los facilmente disponíveis. O restante deve aplicar por prazos mais longos, para que o rendimento seja maior.
Os produtos mais adequados para uma poupança deste tipo são os depósitos a prazo e os certificados de aforro. Existem outras aplicações com capital garantido, mas o reembolso antecipado pode não ser possível ou estar sujeito a penalizações.
A ausência de risco significa que, após um determinado prazo, vai recuperar tudo o que investiu. Se é isto que lhe interessa, é melhor não investir em ações, pois as cotações podem variar bastante.
Existem outros produtos financeiros adequados para o curto e médio prazo que, no entanto, apenas garantem a devolução do capital no fim do prazo definido. Se for provável necessitar do dinheiro antes, mantenha-se afastado deste tipo de aplicações. É o caso de várias obrigações de caixa e Instrumentos de Captação de Aforro Estruturados (ICAE).
Para o longo prazo, as Obrigações do Tesouro (OT) também representam uma solução. Contudo, atualmente, as taxas são pouco atrativas.
Muito provavelmente já deve ter ouvido que é importante diversificar os investimentos. O critério da diversificação assenta num princípio da sabedoria popular: “não se deve colocar os ovos todos no mesmo cesto.” Mas diversificar não significa dispersar as suas aplicações por dezenas de ações, obrigações ou fundos de investimento, impossíveis de gerir.
Quem dispõe de grandes somas para investir encontra-se numa situação privilegiada. São-lhe oferecidas melhores taxas de juro, as despesas são proporcionalmente menos elevadas e é melhor recebido na instituição bancária.
Os pequenos investidores que se lançam sozinhos nesta aventura encontram mais um obstáculo: a dificuldade em diversificar as aplicações. Por isso, se pretende investir pequenas somas, deve optar por sistemas de aplicação coletiva, isto é, fundos de investimento. Isso permite-lhe, tal como a um grande investidor, diversificar as aplicações.
De qualquer forma, não perde nada em tentar negociar melhor condições com o seu banco. Lembre-se de que os bancos têm interesse em atrair o maior número possível de clientes, mesmo que o montante que cada um dispõe seja reduzido. Portanto, não aceite tornar-se cliente sem refletir sobre as condições que lhe são oferecidas e, sobretudo, não hesite em tentar negociá-las.
Muitos investidores não têm uma estratégia. Tenha em atenção que investir a longo prazo não significa ser passivo quanto às opções que se tomaram. Quem investe apenas a curto prazo e sem risco não obtém os mesmos rendimentos. Quanto mais riscos correr, maior a probabilidade de lucro, mas também de prejuízo.
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