Estamos a tempos difíceis onde as dificuldades financeiras são o “pão nosso de cada dia”. Muitos estarão neste preciso momento a pensar como irão suportar as responsabilidades que possuem para os próximos tempos e onde podem ganhar o dinheiro necessário.
Quer seja por motivo de desemprego, saúde ou simplesmente descontrolo financeiro muitas famílias enfrentam uma verdadeira batalha onde, em cima da mesa, só habitam escolhas.
Pago primeiro os meus créditos ou coloco comida em cima da mesa? Deverei utilizar o meu cartão de crédito neste momento difícil ou recorro a familiares? Deverei cancelar os meus seguros de saúde e as minhas contribuições para a reforma e assim satisfazer necessidades no presente?
A incerteza opera em todas as frentes. Não se sabe ao certo qual será o amanhã, nem se todo o esforço que fazemos hoje irá produzir frutos no futuro.
Todavia é indiscutível que é necessário fazer algo quando o dinheiro não chega para cumprir com todas as obrigações.
Indice
A sua família é o seu suporte
Por muito que custe pensar em atrasos nos pagamentos, a sua família é a sua razão de viver, logo garantir o conforto mínimo e satisfazer as necessidades básicas é prioridade fundamental.
O segredo nesta área está na adaptação à nova realidade, vivendo todos em conjunto e em função das possibilidades permitindo que todos contribuam para essa realidade, procurando poupar e optimizar em todos os aspectos.
Alterar os hábitos de vida, redesenhar o modo de vida e procurar corrigir o que está errado é fundamental para a estabilidade financeira em momentos de clara dificuldade financeira.
Criar condições e envolver a família nesta nova realidade e nesta nova vida é incentivar a mesma a trabalhar em conjunto com vista a superar das dificuldades e criar novas oportunidades de riqueza para todos.
Todos têm que remar para o mesmo lado e não devem ser escondidas as dificuldades financeiros dos membros da família, pois assim será sempre difícil explicar o porquê de tanto sacrifício.
Assumir a dificuldade financeira
“Temos muito crédito para pagar e não temos dinheiro. O que fazemos?”
Resposta mais comum… Eu resolvo isso, não te preocupes…
Familiar não é. É difícil para qualquer pessoa assumir que está em dificuldades financeiras e que não possui capacidades para pagar as suas responsabilidades.
Regra geral, inicia-se nesta fase o malabarismo, ou seja, não há dinheiro, mas posso tapar este buraco com o cartão de crédito e depois vê-se.
O problema é que um buraco aqui, outro ali, leva a poço de problemas que poderia ser evitado se as dificuldades fossem assumidas.
Quando surge indícios de dificuldades financeiras o melhor caminho é as assumir e criar um plano para as ultrapassar envolvendo outras pessoas que são directamente afectadas por tais dificuldades.
Assumir as dificuldades é o melhor caminho para encontrar soluções.
Negociar créditos para diminuir encargo financeiro
Não existe nenhum banco que deseje que os seus clientes de crédito entrem em incumprimento.
Quando o potencial de incumprimento é uma realidade é necessário tomar a iniciativa antes que tal aconteça.
Peça uma reunião com o seu gestor de conta e informe-o sobre as suas dificuldades e de como seria benéfico para ambos encontrar uma solução.
Existem muitas possibilidades. Temos a renegociação dos seus créditos e a consolidação de créditos.
Ao tomar a iniciativa revela preocupação e consciência da divida. Demonstra vontade de cumprir com as suas responsabilidades, no entanto, faça-o entregando uma carta ao banco para que este não deixe de dar resposta.
Todos necessitamos de um orçamento
Em qualquer momento da sua vida um orçamento individual ou familiar é o seu melhor amigo. Ele permite uma maior sensibilidade com as entradas e saídas de dinheiro. Permite identificar gastos desnecessários e alertar para potenciais dificuldades futuras.
A regularidade com que actualiza o seu orçamento é, numa fase de dificuldades, extremamente importante, pois permitirá carregar consigo a sua situação financeira.
O orçamento deverá fazer parte da vida de todos os que habitam em economia comum, para que estes sintam o peso da responsabilidade e conheçam claramente os objectivos e suas prioridades.
Assim sendo, é fundamental procurar fontes de poupança no orçamento. Onde poderá poupar dinheiro para cumprir com as suas responsabilidades sem prejudicar as suas necessidades básicas.
Pensar no curto e médio prazo
Em dificuldades financeiras todos os objectivos devem ser de curto e médio prazo, como por exemplo, poupar dinheiro para pagar o seguro do carro ou poupar dinheiro para o acerto da factura da electricidade, poupar dinheiro para pagar os créditos, ou ainda, poupar dinheiro para criar um fundo de emergência. No extremo, deverá ser como poupar dinheiro este mês para facilitar o pagamento das obrigações no mês seguinte.
Grandes compras estão fora de questão, bem como, tudo o que não é estritamente necessário. É uma privação constante mas necessária para que a estabilidade financeira volte.
É necessário melhorar a capacidade de escolha e efectuar decisões acertadas em conformidade com o orçamento e com os planos de pagamentos.
Pensar em ganhar dinheiro extra
Esta poderia ser a primeira dica, no entanto, se não existir todo um processo de optimização e negociação dificilmente o dinheiro extra servirá para regularizar as dificuldades financeiras.
Procurar ganhar dinheiro extra pode ser conseguido através de diversas formas, como por exemplo, efectuar um part-time num café ou restaurante, possuir uma actividade profissional por conta própria complementar, ou simplesmente, trabalhar como freelancer.
São imensas as possibilidades para ganhar um dinheiro extra sem necessitar de investir dinheiro, no entanto, o seu tempo e a sua paciência são postas à prova a cada momento.