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Os suíços querem o seu ouro de volta

ouroEmbora esta notícia esteja a passar despercebida à maioria de nós e da comunicação social, no próximo dia 30 de Novembro os suíços irão votar em referendo se querem o seu ouro de volta a casa ou não. Entre as medidas a votar está a proibição do Banco Central Suíço vender mais reservas de ouro, de solicitar o repatriamento do ouro propriedade do Banco Central Suíço e que se encontra depositado noutros países, e finalmente de obrigar por lei que o Banco Central Suíço tenha pelo menos 20% das suas reservas em ouro.

Na realidade, o que está em causa é o facto de muitos suíços estarem descontentes com a política monetária do seu Banco Central. Por exemplo durante a década passada o Banco Central Suíço, tal como muitos outros, vendeu 60% das suas reservas em ouro e decidiu manter o câmbio nivelado com o euro, o que segundo muitos suíços está a provocar uma bolha imobiliária no país e a levar a uma inflação dos activos.

A verdade é que esta situação desperta-me uma boa dose de inveja saudável ao verificar como os cidadãos de um país têm a capacidade intelectual de levar temas de política monetária a referendo, não deixando que sejam os técnicos anónimos de um banco central a tomar decisões de forma unilateral e que podem afectar consideravelmente o seu futuro bem-estar.

Obviamente que por cá e durante a última década, o Banco de Portugal também vendeu grande parte das suas reservas de ouro, mas ao contrário do que está a acontecer na Suíça, por aqui o tema deixa na mais absoluta indiferença a maioria dos cidadãos.

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