As marcas brancas, subentendidas desde o início como as marcas do próprio supermercado e subliminarmente, como as de pior qualidade, tornaram-se talvez por força da crise, nas rainhas da cesta de compra dos produtos de primeira necessidade.
O que a maioria dos grupos de distribuição vê como uma ameaça aos seus produtos, a população em geral vê como uma ponte de salvação para enfrentar uma crise que teima em persistir na vida das pessoas em geral.
As compras dos produtos de marca branca permitem uma poupança substancial em relação às marcas mais conhecidas. As marcas conhecidas têm como argumento para a manutenção dos seus preços mais elevados, uma maior qualidade, subentendendo-se que as marcas brancas terão pouca qualidade. Não obstante, a realidade é muito diferente.
Enquanto as marcas conhecidas apostam no marketing e na oferta de produtos atraentes aos olhos dos clientes, os distribuidores têm vindo a descobrir quais são as verdadeiras necessidades dos consumidores, oferecendo produtos de encontro às suas reais necessidades, ao mesmo tempo que lhes permitem poupar na conta final do supermercado.
É por isso que cada vez mais supermercados oferecem produtos de boa qualidade a um preço mais acessível, graças ao que poupam nos custos de publicidade e à eliminação de intermediários. Muitas vezes basta dar uma vista de olhos às etiquetas dos produtos para perceber que também são produzidos por muitas das empresas líderes de mercado.
Graças à introdução dos produtos de marca branca, supermercados anteriormente quase desconhecidos, têm vindo a aumentar a sua quota de mercado, chegando a competir com os grandes hipermercados. É o caso dos supermercados Lidl, Minipreço, Aldi, etc., que muito por força dos seus produtos de marca branca, com preços mais reduzidos têm vindo a captar cada vez mais clientes.
E o caro leitor também tem confiança nos chamados produtos de marca branca?
