todos os ovos na mesma cesta

Não ponha todos os ovos na mesma cesta

Nos últimos anos, tem havido vários escândalos importantes envolvendo o abuso da confiança de pequenos investidores. Por vezes, sinto mesmo alguma ira quando vejo como pessoas sem muitos conhecimentos financeiros foram enganadas pelos seus conselheiros de confiança. Mas também sinto-me muito triste por ver que um princípio tão universal e básico de finanças pessoais como o de não colocar todos os ovos no mesmo cesto parece tão desconhecido para a maioria das pessoas.
Infelizmente, todos nós ouvimos testemunhos de pessoas idosas chorando que tinham investido as suas poupanças em ações, ou os inúmeros exemplos de famílias que investiram toda a sua riqueza em bens imobiliários, cujo preço caiu durante anos. Nestes casos, falta o princípio básico da separação de riscos. E é isso que significa não ter todos os ovos no mesmo cesto. Porque se os investimentos forem diversificados, será mais difícil perder tudo.
todos os ovos na mesma cesta

Não importa quanto capital tem, reparta-o

Neste blogue, mais de uma vez vi comentários de leitores que afirmam que como “só” têm 5.000 euros de poupanças, não faz sentido espalhar esta quantia por diferentes produtos. Na minha opinião, a quantidade não importa. Na medida do possível, deverá diversificar, pelo menos optando por duas opções.
Pode-se ser algo tão simples como ter um depósito a prazo fixo num banco e uma conta semelhante num banco diferente (sem relação de participação no capital com o primeiro). Não custa nada, e se um dos bancos falir, pelo menos ainda teremos metade do que possuímos.

Se vai diversificar, diversifique totalmente

Quando procura investir o seu dinheiro em diferentes produtos e serviços, o objetivo é ter riscos diferentes. É por isso que é importante não se limitar a diversificar apenas o risco de contrapartida (o banco que gere o produto), mas também o tipo de produto.
É fácil de compreender. Um aforrador que tivesse investido nas mesmas ações em diferentes bancos, estaria hoje na mesma situação que tivesse investido tudo em ações num único banco. O problema era o tipo de produto, não o banco em si.
Portanto, se quiser investir em ouro, ou ações, ou o que achar melhor para si, nunca se esqueça de não colocar todo o seu dinheiro numa única opção.
O valor do ouro pode baixar, tal como o preço das ações, tal como um estado ou um banco pode falhar. O difícil é que tudo isto aconteça em simultâneo.
Normalmente, se diversificar corretamente, se um produto perder muito valor, outro poderá aumentar e compensar parte da perda. Mas mesmo que não seja esse o caso, pelo menos não se perde tudo, o que é importante presentemente.
Um ditado aparentemente tão trivial como não colocar todos os ovos no mesmo cesto faz, de facto, muito sentido. Especialmente para as finanças pessoais.
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