Hoje e como todos os dias 31 de Outubro desde 1924, celebra-se o Dia Mundial da Poupança. Em dias como hoje recorda-se a principal prioridade da poupança no âmbito da economia doméstica, e convém ter presente que dispor de poupanças permite enfrentar melhor os períodos de crise e os imprevistos. Claro que poupar nunca é fácil, mas por isso mesmo vamos dar alguns conselhos para o ajudar a poupar que certamente irão ajudar o seu orçamento familiar.
Antes de entrar na matéria, o acto de poupar deve ser considerado como uma parte importante do orçamento familiar, ou seja, governando a nossa casa como se governa um Estado ou uma empresa. Deve-se destinar uma parte do dinheiro disponível para a alimentação, outra para os gastos correntes (roupa e outras coisas necessárias), prestação da casa, gastos como o combustível, transportes, telefone e Internet. E ainda devemos destinar outra parte para um fundo de poupança. Tudo irá depender de cada caso em particular, naturalmente, pelo que devemos estar conscientes de que se não formos capazes de reduzir as nossas dividas, ou pelo menos de não fazer mais dividas, de pouco nos irá servir andar a poupar. Assim a primeira prioridade é estabilizar a nossa situação financeira, mesmo que os nossos rendimentos sejam escassos. Vamos partir deste ponto.
Como poupar 10% do valor dos rendimentos
Imagine poder reservar entre 5% a 10% dos seus rendimentos para um fundo de poupança. Que cada mês esse fundo irá crescer nessa percentagem. Pense que se ganhar 1.000 euros, irá poupar entre 50 e 100 euros. Será que tem capacidade para isso? A primeira coisa a fazer é comprovar se consegue realmente fazer isso ou se tem de adaptar o seu comportamento e o seu orçamento familiar para reduzir os gastos em 100 euros (se for humanamente possível, claro).
O valor destinado ao fundo de poupança dependerá de si e dos seus rendimentos. Dentro do seu orçamento familiar, ajuste todos os gastos de forma a que possa sempre destinar um valor fixo para o seu fundo de poupança todos os meses. Evite ao máximo gastar o dinheiro que tem nesse fundo de poupança. Por outras palavras: não mexa nesse dinheiro! Pense nesse fundo de poupança como o seu salário pessoal mensal. Trata-se de ter um fundo para emergências, ou seja, algum dinheiro que lhe permita sobreviver alguns meses sem rendimentos de qualquer tipo.
Poupar é uma corrida de fundo, não uma corrida de velocidade, mas por cada passo dado irá estar mais próximo da sua meta.
Faça uma lista dos gastos semanais. Irá ajudá-lo a controlar os gastos e mesmo permitir optimizar onde se gasta. Não se trata de privar-se de nada, mas de gastar sabiamente e com bom senso.
A primeira reacção de quase todas as pessoas é pensar “eu não consigo poupar”, ou “como isto está, como é que consigo poupar alguma coisa?”. Também se passa pela fase do “o meu ordenado não dá para nada”. Corte primeiro com os cartões de crédito, reduza as dividas, limite os gastos desnecessários (que certamente sabe quais são) e comece já a ter mais algum dinheiro disponível. Você é a única pessoa que pode fazer isso.