Uma das regras básicas no mundo financeiro é que a chave para uma carteira de investimentos bem sucedida é a diversificação. Na prática, isso significa não colocar todos os ovos na mesma caixa. E isso faz sentido em vários aspetos da vida, desde apostas em um cassino até no cultivo de relacionamentos, não é mesmo?
Mas diversificar não significa sair por aí colocando dinheiro em todas as oportunidades que aparecem. É preciso ter uma estratégia de investimento, ou seja, fazer a gestão financeira do seu patrimônio, com objetivos e prazos bem delineados.
Para aqueles que possuem grandes fortunas, fica mais fácil: existem empresas especializadas no serviço de assessoria financeira: a disponibilização de um especialista de mercado cujo trabalho é unicamente acompanhar os investimentos daquela pessoa e realocá-los conforme as tendências do mercado oscilam.
Nós ainda chegaremos lá. Mas mesmo enquanto ainda estamos começando a estruturar nossos investimentos, não podemos descuidar da diversificação. E como ainda não temos condições de contratar um consultor particular, o jeito é colocar a mão na massa.
A boa notícia é que gerenciar uma carteira de investimentos não precisa ser um bicho de sete cabeças. Confira algumas dicas básicas sobre como diversificar seus investimentos e aumentar a chance de retornos maiores:
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Antes de começar a investir em renda variável, construa uma reserva de emergência. Ela deve somar de três a seis salários e estar investida na poupança. São esses os recursos com que você irá contar em um momento de emergência, sem ter que mexer em suas aplicações de longo prazo;
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Maiores retornos estão relacionados a maiores riscos. Se você não tem sangue frio, contente-se com os rendimentos normalmente menores da renda fixa. Isso não é um problema, é só uma questão de ter um perfil de investimento mais ou menos conservador;
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Investimentos em renda variável sempre devem ser direcionados para o médio e longo prazo. Não invista em ações esperando contar com o dinheiro daqui a menos de um ano. O mercado acionário é extremamente volátil e não depender do dinheiro investido é fundamental para não acabar vendendo seus ativos em um momento de baixa de mercado por conta do desespero;
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Quanto mais jovem você for, maior deve ser sua exposição à renda variável. Lembrando que as ações são um investimento de longo prazo essa estratégia faz sentido, visto que você terá mais tempo para recuperar eventuais prejuízos e embolsas rendimentos maiores;
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Seguindo essa linha, conforme você for envelhecendo e suas despesas forem aumentando (casamento, filhos, financiamento imobiliário), vá reduzindo gradativamente sua exposição à renda variável, optando por investimentos mais conservadores em renda fixa;
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Se você não conhece o mercado acionário, comece investindo em um fundo de ações. Além de demandar uma quantia inicial menor, os fundos possuem um gestor responsável por monitorar o mercado e tomar as decisões de investimento por você;
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Os títulos públicos são outra opção de investimento em renda fixa tão segura quanto a poupança. A garantia é dada pelo próprio governo.