No entanto a economia continua sempre em andamento. Estamos a despertar numa época que nos manteve deliciosamente adormecidos no calor de uma sensação de segurança que permitia continuarmos a dormir. E, como sempre acontece, o despertar é desagradável, como desagradáveis são os dados referentes ao desemprego, sempre com uma tendência de subida e que nos dão um claro aviso de que a situação em que estamos, não é nenhum pesadelo, mas a crua e cruel realidade.
Quer gostemos ou não, as regras do jogo mudaram. Num abrir e fechar de olhos, despertámos da doce letargia proporcionada pelos ciclos de bonança económica (que longe nos parecem agora) quando tudo era claro, a abundância cobria as carências e onde as mudanças podiam parecer desnecessárias, a modos do que dizia o dogma “se funciona, para quê mudar?”.
Mas se fizermos um pequeno exercício de retrospectiva, as crises (mudanças) são quase sempre momentos da história onde surgem muitas vezes os maiores logros como espécie.
Muitos poderiam mesmo dizer que nadamos em águas quentes para descrever a situação da qual a maioria estará consciente, mas não me quero centrar tanto na situação, mas na resposta a dar: como vamos ser capazes de analisar as necessidades actuais e como iremos actuar em resposta? Num ambiente onde predomina a escassez de oportunidades, as questões que precisam de resposta são: Quem irá sobreviver? Porquê? Estamos condenados a esperar que os que mandam nos “salvem”?
É comum escutar os grandes empresários e as grandes sumidades em matérias adjacentes (gestão empresarial, marketing, etc.) que não são as empresas mais fortes nem as mais poderosas as que irão forçosamente sobreviver, mas sim as que estão predispostas e preparadas para a mudança e para a mobilidade, as que conseguem imitar os organismos vivos mais simples (mutação e evolução) na sua relação com o meio envolvente e não propriamente os que resistem.
Se formos capazes de saber identificar as necessidades actuais e actuarmos de forma sábia, seremos capazes de sobreviver, se nos adaptarmos.
Mas então, do que precisa a sociedade? Quais são agora as regras do jogo? É preciso encontrar a resposta às questões: Quem? Porquê? Como? E quais? são os profissionais necessários na sociedade actual, que está a viver uma das suas mudanças sociais e de comportamento mais radicais, comparável à magnitude da invenção da imprensa ou da máquina a vapor (ambas, momentos chave de duas grandes revoluções na história da humanidade).
Definitivamente, há que analisar a mudança de paradigma, de regras, de atitudes e sobretudo aptidões que iremos necessitar para enfrentar tudo o que nos espera, sendo conscientes, por sua vez, de que vivemos num meio muito diferente de qualquer outro que existiu anteriormente, a sociedade interligada, a era digital, a mudança da economia do átomos para a economia do electrão.
As pessoas terão de se converter num eixo, em profissionais imprescindíveis, em agentes de mudança, dentro de um habitat de escassez, sendo os protagonistas de cada dia, todos os dias. As linhas do terreno de jogos foram apagadas, e as regras do horário das 9 às 5 já não servem, somos jovens e estamos mais do que preparados, mas ninguém nos disse que isso já não basta.
A internet e as redes sociais são o veiculo que nos irá ajudar a consolidar a nossa estratégia pessoal. Poucas vezes na história da humanidade, um meio terá sido tão influente como o que actualmente estamos a viver, com a incursão, quase sem querer, quase sem perguntar, da Internet e a sua evolução mais notável, as redes sociais. A web social e sobretudo as estratégias aqui usadas não são terreno exclusivo das grandes empresas. Todos e cada um de nós deveria de ter uma conta nas redes sociais. Dizer que “o Facebook não é para mim”, ou “o Twitter é uma perda de tempo” ou mesmo “não tenho nada para dizer” são frases lapidares que apenas enterram a nossa marca pessoal. Vai deixar que outros ocupem o seu espaço, ou vai começar a tomar o futuro nas suas mãos hoje mesmo?