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Consumo colaborativo

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Embora nos avisem que os recursos da Terra são finitos, a maioria de nós ignora este problema, gastando e consumindo sem ter em conta a grande quantidade de recursos e matérias-primas que são precisas para manter o estilo de vida, e em muitos casos, sem prestar nenhuma atenção à enorme quantidade de lixo e desperdícios que fazemos diariamente.

Mas também há muitas pessoas que sabem que esta forma de consumo é prejudicial para todos nós, para o nosso planeta e para o nosso futuro. Um dos métodos para tentar inverter esta situação é através do chamado consumo colaborativo, um método que tem vindo a ganhar destaque devido à crise, pois também nos permite economizar dinheiro.

 

O que é e como nasce o consumo colaborativo

Segundo os especialistas, o consumo colaborativo podia ser definido como uma mudança nos hábitos de consumo tanto a nível cultural como económico, mudando o foco do consumismo individualizado para novos modelos de troca, aluguer, uso partilhado, mudança esta que está a ter por base a tecnologia, e sobretudo as redes sociais.

A ideia existente por trás do consumo colaborativo vai de encontro às principais questões e tendências deste início de século XXI: novas configurações sociais decorrentes do advento da internet e do relacionamento em rede; preocupação com o meio ambiente e valorização de hábitos mais sustentáveis; e recentes crises económicas de impacto global. Com o desenvolvimento das novas tecnologias, a noção de posse perde sentido perante a oportunidade de acesso.

Esta tendência, aliada ao conceito de economia de partilha, será a base da nossa sociedade no futuro (por exemplo a revista TIME elegeu o consumo colaborativo como uma das 10 ideias que irá mudar o mundo). Dessa forma, faz sentido começar a aplicá-la também ao sector social e usá-la para realmente aumentar o impacto das organizações na sociedade.

O termo consumo colaborativo apareceu pela primeira vez num artigo com o mesmo título escrito por Ray Algar em 2007, no boletim Leisure Report, mas apenas se tornou mais popular a partir de 2010, quando surgiu um livro publicado “O que é meu é seu – Como o consumo colaborativo vai mudar o nosso mundo”, altura a partir da qual a ideia começou a ganhar eco na sociedade.

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Sistemas de consumo colaborativo

A partir dessa altura nasceram sistemas de consumo colaborativo que se têm tornado cada vez mais populares em diversas áreas:

  • Casa: troca de casas, couchsurfing, alojamento partilhado, hortas comunitárias, etc.
  • Transporte: Bike-crossing, carpooling, carsharing, etc.
  • Música: Spotify, Grooveshark, etc.
  • Finanças: Bancos de tempo, etc.
  • Bens de consumo: bookcrossing, troca de roupa, etc.

Collaborative Consumption from Nesta UK on Vimeo.

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