Gastos fixos
Um dos erros mais habituais que são cometidos ao fazer um orçamento é organizá-lo apenas para um mês. É um grande equívoco porque o planeamento deve compreender todo o ano. Desta forma, o primeiro passo é fazer uma listagem dos gastos fixos que é preciso pagar todos os meses ou com alguma periodicidade, mesmo que apenas sejam pagos uma vez por ano (como por exemplo o seguro do carro).
Será boa ideia arranjar uma folha grande dividida por 12 espaços em branco, cada espaço deve corresponder a um mês do ano. Em cada um desses espaços deve-se apontar o que é preciso pagar nesse mês e o valor correspondente. Por exemplo, neste grupo deve ser incluído os valores correspondentes à prestação ou aluguer da casa.
Não se esqueça igualmente de incluir o pagamento de seguros (vida, multirriscos, responsabilidade civil, viaturas, etc.), tendo em conta que podem aumentar todos os anos, pelo que o valor deve contemplar uma possível subida.
Há ainda que incluir o pagamento de impostos e obrigações legais como o IMI, IUC (Imposto Único de Circulação), ou outros. Não se esqueça também de incluir o pagamento do condomínio do prédio (se for o caso).
Naturalmente, se for uma pessoa com problemas de saúde e tiver de tomar medicamentos regularmente, deve também incluir estes gastos de saúde.
Deve ainda incluir todos os meses um valor destinado à alimentação em função do que destina habitualmente à compra de comida e para todos aqueles gastos como combustível, transportes públicos, etc.
Planear
Depois de contemplados todos os gastos fixos e habituais em cada um dos quadrantes, o passo seguinte é somar cada mês e subtrair o valor do que ganha mensalmente. Desta forma vai saber quanto dinheiro irá ter disponível no final de cada mês.
Este valor é que lhe irá permitir, por exemplo, desfrutar de alguns momentos de lazer como ir ao cinema, ir beber um copo com os amigos, fazer uma escapadela ou mesmo tirar umas férias. No entanto, não é boa ideia destinar todo o dinheiro para comprar coisas que realmente não sejam necessárias.
É sempre importante poupar um valor, mesmo que seja pouco, para ter sempre algum dinheiro para imprevistos. Por exemplo, pode destinar 50% desse dinheiro para poupança e os restantes 50% para lazer ou para cobrir outras necessidades não básicas do dia-a-dia.
E, naturalmente que é preciso fazer um controlo todos os meses da situação da economia familiar para ir verificando se estão a ser cumpridos os objectivos, porque fazer um orçamento e depois não ligar a ele não funciona de certeza. Para além disso, deve ser feito um controlo mensal para ver se é possível compensar um mês com outro para poder atingir os objectivos anuais.